BANCOS UM MAL NECESSÁRIO...
Á grossos modos numa conversa de botequins...
Antes da existência dos Bancos, as primeiras transações
entre indivíduos eram feitos vias do ESCAMBO, que é uma forma de
comercializações de bens e serviços. Exemplos:
- Eu poderia trocar algumas horas do meu trabalho, por
uma banda de uma cabra, ou 300 gramas de sal.
- Ou então, trocar um litro de leite por uma galinha.
- Ou meio porco por meio cabrito... Enfim...
Um troca troca sem fim; de produtos e serviços.
De quanto valeriam uma coisa pela outra, era uma grande
dificuldade e alvo de intermináveis discussões, até que uma parte aceitasse.
Com o advento da MOEDA começou-se a substituir o
ESCAMBO, pois ficou mais fácil se determinar um valor para todas as
coisas, pelos valores intrínsecos de seus custos de formação ou produção.
Vindo depois o papel moeda, ou notas de valores ou
notas de créditos, que se davam (ou emitidas) por alguém receber, por exemplo,
para guardas de grandes valores, de ouro ou pratas, ou joias e guardá-los. Por
uma questão de segurança.
Este “guardador” recebia
de um cidadão aquela determinada quantidade de ouro ou prata, ou joias em uma
destas casas, na maioria os ourives, pessoas que trabalhavam com os metais, que
emitiam certificados de depósitos, que passavam então a circular livremente
pelo mercado, em pagamentos de produtos. Embrião dos bancos e banqueiros.
Porém as garantias dos certificados eram frágeis, pois
pessoas inescrupulosas poderiam sumir com os valores (bens) que garantiriam o
resgastes de tais certificados, que de tão fatiados, viraram praticamente moedas.
Havia-se, portanto, de alguém maior interferir. Este alguém passou a serem os
governos.
Conta-se das histórias, que o primeiro banco de
depósitos surgiu em Veneza, na Itália, no século XII e, durante o século XVII,
vieram os bancos comerciais, que por muito tempo monopolizaram a emissão das
notas, hoje emitidas pelo Estado.
Daí para surgirem às instituições bancárias, com o
objetivo de organizar este trabalho, foi um pulo, deixando o controle e a
emissão de dinheiros sob comandos dos Estados. Até chegar por estes nossos
dias.
Sendo assim, os governos mesmos que capitalista podem e
devem intervir na economia como um todo. É deles completamente a política
monetária nacional que será traçada e controlada. Nesta economia, está inclusa,
sobremaneira os Bancos que são os maiores intermediários da rolagem e guardas de
dinheiros, que tem de respeitar os limites e regrais pontuais dadas pelo Estado.
Poucos sabem, mais os bancos sofrem limites em operar
em créditos. A maioria, quase absoluta dos brasileiros (98% ou mais) pensa que
os bancos pegam de seu dinheiro em contas correntes, poupanças ou depósitos remunerados
(CDB, RDB e outros) e os emprestam totalmente a outras pessoas, para cobrar
juros. Não é assim... Talvez de cada 100,00 reais, somente 25 a 30% são livre
para emprestar.
Dependendo de como anda a economia, os bancos são
obrigados a recolher 45% de cada 100,00 reais, compulsoriamente, e depositados ao Banco Central.
Mais 18% são destinados a obrigações dos bancos para financiamentos de
operações específicas de créditos rurais, operações estas com custos de juros
menores. E que são politicas de desenvolvimentos do governo.
Os bancos também são obrigados a manterem uma reserva
técnica, sobre os montantes de todos seus depósitos, que pode chegar á não menos de 5%.
Somados todos estes percentuais que citei, já aí temos
um limitador de 68% para aplicação dos depósitos. Chegamos, portanto pela
diferença a um percentual de 32% livre para emprestar.
Neste caso sobram somente 32,00 reais de cada 100,00
reais podem ser emprestados.
Enfim... Os Bancos desde que o mundo é mundo se tornaram
um meio necessário à vida do ser humano. Hoje, imprescindíveis. Banco é como
boteco... Sempre tem que existir um. Para os momentos bons e ruins.
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