Prata lembram-se disto...
Aliás, seleção de senhores homens de verdades, sem as frescurites, ou seria frescores, com que são tratados hoje os peloteiros que por aí andam.
E por que não futebol... Já que mais uma vez estamos à
procura do ouro olímpico para estamparmos em nossa camisa canarinha.
E já vou avisando que tenho um gravíssimo defeito... Sou
antigo Pelésista, Garrinchasista, Vavásista, Gilmarsista, Rivelinoista e todos
"sistas" que jogaram um verdadeiro futebol brasileiro. Aos exemplos
das seleções de 1958, 1962, 1970.
Aliás, seleção de senhores homens de verdades, sem as frescurites, ou seria frescores, com que são tratados hoje os peloteiros que por aí andam.
Posta a digressão acima para futuros tratos à frente,
voltemos aos jogos de futebol olímpicos.
E já começo a falar e a considerar como participação do
futebol somente depois que a hipocrisia foi rompida nas olimpíadas, haja vista,
que era considerado “crime” uma seleção de um país participar com jovens que
tivessem tornados profissionais.
O que veio a dar umas vantagens singulares aos países do
leste europeu, que com seus brutamontes bem formados em campeonatos, por não
existir profissionalismo naqueles lados, em suma maioria países comunistas,
traziam equipes, que tinham jogadores participantes em copas do mundo feito
pela FIFA. E tudo começou pelos anos de 1930.
Antes, equipes como Uruguai e Argentina tinham se tornados
campeões com jogadores profissionais, depois a mesma competição olímpica, passaram
a ser disputado por seleções havidas obrigatoriamente só com jogadores que
fossem considerados amadores.
Aí já pelos anos de 1952, sete anos depois ao fim da 2ª
Grande Guerra Mundial só deu eles, “OS AMADORES”, ou seja: HUNGRIA 1952, UNIÃO
SOVIÉTICA 1956, IUGOSLÁVIA 1960, HUNGRIA 1964, HUNGRIA 1968, POLÔNIA 1972, ALEMANHA
ORIENTAL 1976, CHECOSLOVÁQUIA 1980 e então FRANÇA 1984.
EITA-PAU! GRITARÃO OS MAIS DESAVISADOS. A FRANÇA GANHOU
UMA...
E não foi por meras coincidências já que neste ano de 1984, justamente
nos jogos de Los Angeles, o Comitê Olímpico para coisas do Futebol resolveu que
tinha feito uma grande cagada em 30 – isto era visto a vista d’olhos como falam
nossos irmãos patrícios, os portuga – quando só ganhavam os países do leste
europeu. Passaram então a liberar a participação de jogadores que mesmos profissionalizados
não tivessem participado de nenhuma Copa do Mundo da FIFA.
Então aí entra minhas histórias do Brasil... E não vou falar
de Cabral, Dom Pedro, o número 1 e o número 2, nem de Deodoro a Figueiredo, senão
do tema: Nosso Futebol Olímpico.
Já fomos cinco vezes medalhistas, 03 de prata e duas de
bronze. Para muitos que não brasileiros diriam, está ótimo. Ótimo?
VAI DIZER ISTO PARA GENTES COMO ARI BARROSO OU MESMO PIQUET.
Nelson Piquet tem uma frase antológica como resposta ao perguntarem
a ele se ficar em 2º lugar não era uma boa posição num campeonato! Meu repórter,
respondeu ele naquelas suas francas observações irônicas: Ser 2º lugar é ser o
primeiro dos últimos. Daí para frente estava reservado apertarem-se as mãos...
E Piquet foi embora.
Pois zé... No Brasil é assim... E até parece praga, pois já
tivemos seleções com Ronaldinhos, os morenos, um mais claro outro menos e
dentuço. Tivemos Dunga, Taffarel, Romário, Dida, Aldair, Roberto Carlos,
Rivaldo, Bebeto, Mazinho e Careca para citar alguns, que fulguraram na seleção
principal. E não ganhamos...
A pergunta que doe em meus ouvidos e deve doer na maioria
dos ouvidos do Brasil... Venceremos com Neymar, Gabriel, o de Jesus, ou Gabriel
o Gabigol.
Depois do que vi contra os africanos tenho minhas dúvidas.
Quiçá, possamos ser mais uma vez vice, ou seja, o primeiro dos últimos.
Todavia, aqui no Brasil... Que não venha outro tsunami de
gols como os de 7 a 1.
Mas, voltemos a aquela digressão que deixei lá por cima...
Já pensaram, vale divagar, se pudéssemos ter tido os pelés e rivelinos e zicos,
jogando uma Olimpíada? Dar dó não termos podido, pois tenho convicções que já teríamos
umas duas ou três medalhas de ouro.
E o que falta para esta turminha de hoje? Ganham-se milhões
de reais, digo dólares. Jogam nas melhores equipes brasileiras e nas melhores
equipes no exterior. E na seleção brasileira nada! Que zica será essa?
Sobra-me elucubrar que a coisa é mesmo falta de caráter.
Mas, não me refiro ao caráter compreendido das primeiras horas que é aquele
relativo às coisas das moralidades, senão a falta de índoles. Honras e bravuras.
Eis aí nossas zicas...
Ganhar ou perder me parece à primeira vista a mesma coisa
para estes “moleques”.
Quem externou o que é índole, bravura honras, foi Zico,
quando afirmou ter causado a ele mais dor, afora a dor da perda da Copa de
1982, foi o estado de Toninho Cerezo.
Enfim... Vamos aguardar, pois como dizem Deus é
Brasileiro... Só espero que já não esteja cansado ou de saco cheio para ajudar.
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