PEC
241
E
PARLAMENTARISMO JÁ...
UM
BINÔMIO SALVADOR DO BRASIL!
É para se questionar... Por que o político brasileiro
tem tanto medos do Parlamentarismo?
Porque, suponho, este regime de certa forma reduzirá ao
máximo os casos de fisiologismos políticos, uma forma natural de ser do
político brasileiro. Que se faz congressista em suma maiorias para viverem em
negociatas com o governante federal instalado, ou seja, um Presidente.
Ou este presidente, para então governar quando não faz
maioria de votos no Congresso, tenta vias do toma lá de cargos em diversas
entidades do governo o dá cá de votos.
Assim tem sido desde as imemoriáveis primeiras décadas,
quando se assentava o Brasil Republicano, na forma presidencialista.
Nosso Congresso Brasileiro tem sido uma eterna feira de
negociatas.
É dito na ortodoxia errada da política brasileira que
fazer políticas é um estado de se governar pelos meios das trocas de questões
ou por favores, ou por acomodações. Assim tem sido no plenário das duas casas
legislativas. Quando se empatam em números de votos, nas maiorias das diversas
questões, os meios mais cômodos dos políticos são se acomodarem em cessão de
trocas, e nisto pouco ou nada importa o povo brasileiro, que são aqueles em
verdades que lhes dão mandatos de representação.
Para não irmos muito mais atrás, na história das coisas
de nosso parlamento, em 1961, precisamente 02 de setembro, portanto há 55 anos
passados, o Congresso Brasileiro para solução de uma crise que se havia
instalado por conta da renúncia de Jânio Quadros e há posição regida de três
comandantes das três armas brasileiras, nas pessoas do general Odílio Denis, da Guerra, o brigadeiro Gabriel Grün Moss, da Aeronáutica, e o almirante Sílvio Heck, da Marinha
que não queriam a assunção de João Goulart a presidência da república, mesmo
que eleito como vice-presidente, tudo por conta de seu idealismo de esquerda e ligações
com os sindicatos, o Congresso Nacional
para contornar a situação, num exercício
de acomodação, aprovou a Emenda Constitucional nº 4
que garantiu a posse de Goulart, mas fez instituir o REGIME PARLAMENTARISTA
no país.
E a quem coube á função de Primeiro Ministro?
Coube num gabinete formado então por representantes dos
Partidos mais forte da época que eram o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) a União
Democrática Nacional (UDN) e o Partido
Social Democrático (PSD) que tinha à frente deste Partido o Tancredo Neves, cuja função de PRIMEIRO
MINISTRO lhe coube.
Por cargas de politicagens, Tancredo veio a renunciar
em 1962, e tudo virou um imbróglio, com o Presidente João Goulart indicando
nomes e o Congresso via de politicagens partidárias não aceitando!
Assim se deram os fatos: O Presidente João Goulart indicou para o
cargo de Primeiro Ministro em substituição a Tancredo, o petebista Francisco
Clementino de San Tiago Dantas, mas a UDN e o PSD se opuseram.
Já aí começavam agora as desordens de ordens sociais,
com várias organizações operárias ameaçando entrar em greve caso a nomeação não
se efetivasse, pois se havia que o Congresso Nacional rejeitaria esta
indicação.
E assim aconteceu: O nome de San Tiago Dantas foi
finalmente recusado pela Câmara dos Deputados, o que levou ao presidente
Goulart a propor o pessedista Auro de Moura Andrade, presidente do Senado.
Aí foi a vez de diversas entidades de trabalhadores
reagirem, ameaçando deflagrar uma greve geral caso o Congresso aprovasse aquela
indicação.
Finalmente, em 10 de julho, Goulart agora com o aval do
Congresso, indicou o seu conterrâneo Francisco de Paula Brochado da Rocha para
a chefia do ministério.
Este novo primeiro-ministro prometeu antecipar para
dezembro de 1962 a realização do plebiscito que decidiria a sorte do regime
parlamentarista. Por trás disto é próprio hoje se lucubrar que havia “ás
mãozinhas” da turma do Rio Grande do Sul, pois ninguém havia se acomodado de
João Goulart não ter tido todos os poderes, ao qual como vice-presidente eleito
teria.
Os Congressistas, principalmente os adversários do
presidente, só queria o plebiscito para final de 1963.
Enfim para reduzir as histórias, em 14 de setembro,
Brochado da Rocha renunciou após não ter conseguido que o Congresso aprovasse a
antecipação do plebiscito.
No dia seguinte, foi decretada uma greve geral dos
trabalhadores.
Pressionado, o Congresso, mais uma vez para acomodações
de questões, aprovou naquele mesmo dia a Lei Complementar nº 2, que marcava a
realização do plebiscito para seis de janeiro de 1963.
Aí foi a vez de João Goulart agir... Em 1º de janeiro
de 1963, o governo majorou os salários em 75%, assegurando o apoio das
lideranças sindicais e das bases trabalhadoras à volta ao presidencialismo.
No dia 6, 11.531.030 eleitores, de um eleitorado de 18
milhões, votaram no plebiscito. O resultado determinou a volta ao
presidencialismo, por 9.457.448 votos contra 2.073.582.
Jango Goulart voltou a ser presidente no
presidencialismo instalado e deu no que em 31 de março de 1964.
Como está escrito na história por 21 anos o Brasil
viveu no Regime da Ditadura de um Governo Militar, voltando ao governo civil em
1985, ainda na eleição indireta, para em 1988 instituir nova Constituição.
Cresceu por estes tempos, ainda na maturação de novos
governos civis os problemas políticos fisiológicos, no status quo do toma lá da
cá.
Por conta dos fortes desgastes por que passava a
política brasileira, ainda em estado de maturação na era civil, resolveu-se
fazer-se uma nova consulta ao povo brasileiro. As maluquices e instabilidades políticas
eram tantas que a origem desta nova consulta se deu por conta da tentativa de
ressurreição da forma de governo monárquico feito pelo deputado federal Antônio
Henrique Bittencourt da Cunha Bueno (do Partido Social Democrático de São
Paulo), membro da Assembleia Constituinte que aprovou a Constituição.
E não foi pouca a pressão haja vista que o deputado,
com apoio do príncipe Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança, conseguiu
o apoio de um abaixo assinado com mais de um milhão de apoiadores. Pesquisas
feitas a época dava conta de 22% de apoio de eleitores.
E assim foi feito o plebiscito em péssimas circunstâncias
de desenvolvimento, onde a máquina governista presidencialistas atuou de formas
sensacionais nos meios de comunicações.
E o resultado disto foi 6.843.196 (13,4%) para aqueles
que queriam a monarquia, com 44.266.608 (86,6%) de votos aqueles que queriam a
permanência do Regime Republicano.
Para as questões da forma de governo o sistema parlamentarista
perdeu 16.518.028 (30,8%), para o sistema presidencial com 37.156.884 (69,2%).
Dois plebiscitos duas derrotas para o Parlamentarismo...
Será que agora iria dar ?
Com certeza afirmo que sim...
Todas estas efervescência por que atualmente passamos,
com os políticos metidos em todos tipos de safadezas e expostos na mídia como
nunca antes se deu, tanto quanto massivamente se projetou nas mídias virtuais e
pelas redes sociais, acho que todo o brasileiro se cansou.
Dado a isto, tenho quase a convicção que se lançada uma
campanha pelo Governo Temer, e principalmente pelo PSDB, partido que em 1993,
esteve junto com a campanha para o Parlamentarismo desta vez saíra como
vencedor o Parlamentarismo como forma de governo para o Brasil.
Pela minha ótica, votei pelo Parlamentarismo em 1993,
está é a hora de mudarmos o rumo da política nacional, na premissa de acabarmos
com o status quo do toma lá da cá, vias do fisiologismo político gravosamente
instalado.
De uma coisa Eu sei, pensa da mesma maneira o meu
conterrâneo o deputado ROBERTO FREIRE.
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