sábado, 26 de maio de 2018



.:Rodolfo Egon Tress:.


Há tempos que venho pensando fazer um artigo, sobre algo que muito me impactou quando ainda, noviço na maçonaria, havia sido iniciado em 17 de outubro de 1985, na venerança do irmão Fernando Lusvarghi, de um fato chocante.

Num amanhecer, não me lembro a data pelos tempos passados, por um telefonema recebido em casa, dado por um colega de trabalho e irmão maçom de minha antiga Loja Maçônica Sphinx Paulistana - 248, o Formiga, me foi dado a péssima notícia que um dos nossos mestres, o irmão Rodolfo Egon Tress, que conosco tinha convivências, tinha se suicidado.

Aquilo me impactou de tal forma, que pensei, ao longo de uma semana, deixar a maçonaria, e só não um fiz, devido ao querido amigo e colega de trabalho, Luiz Gonzaga Santarelli. Jamais, por certo, faria isto, pois sabia iria magoar seus sentimentos.

E por mais, para alguém que me deu a mão, em momentos difíceis emocionais, ao me levar para Ordem. Tornando meu padrinho maçônico de fato! O de direitos maçônico foi o querido Eugênio Carbone, devido a ser ele mestre, e somente mestres poder indicar entes para maçonaria e apadrinha-lo. 

Já estava pelas últimas lições no grau de aprendiz, quando o fato se deu... A morte do Mestre Maçom RODOLFO EGON TRESS.

Nunca soube, dos porquês, tanto quanto nunca ninguém do quadro, me informou de nada. Tanto quanto, também porque nunca perguntei.

O que me impactou, e muito, é que pela morte, nada normal, também tudo continuou em nosso quadro, como nada de anormal houvesse havido. E muito pela convivência do Mestre Rodolfo, sinceramente isto me perturbou!

Perturbou, pois não senti o que um dos nossos “lemas” nos exercita a exercer, ter havido: FRATERNIDADE!

Quem, maçom ou não, não conhece o lema que foi cooptado da Revolução Francesa... LIBERTÉ, EGALITÉ, FRATERNITÉ!

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.

Justo este tema, acima assinalado, pelos meus crivos, Fraternidade, me veio à tona. Será que faltou fraternidades? Será que foi deixado um irmão aos léus de seus sofrimentos, sem quaisquer aparatos... Sem quaisquer aparatos de apoios? Era possível não deixar os fatos ocorrerem? Perguntas e perguntas, sem quaisquer respostas saltava na minha mente. E que meus sentimentos faziam por existir.

Formiga, que foi chamado a casa dele para dar os primeiros atendimentos a família, ele era médico clinico geral, além de ser médico do IML – Instituto Médico Legal de São Paulo, disse-me depois, que o quadro era dantesco na casa do irmão Rodolfo. Não só pelo os sofrimentos estampados na esposa e filhos..., mas, nas imagens dos fatos. Pois seu suicídio se dera por um tiro de revólver na têmpora! Ele cometera o suicídio no seu quarto de dormir deitado a cama.

Uma das coisas que havia “apreendido” nas minhas lições maçônicas, era prestar atenções nos sentimentos dos irmãos. De todos sentidos. Raivas, estados depressivos e outros nestas linhas, que podem ser causados por enes motivos. Inclusive os sociais e os de trabalhos. O que havia na vida de nosso irmão Rodolfo Egon Tress?

Existe na maçonaria para se atender questões destes portes, como um irmão depressivo, faltoso ao comparecimento em loja; em estados de emoções destemperadas, com alcoolismos, ou com quaisquer outros vícios, o que denominamos Conselho de Família, onde são analisadas anormalidades cometidas por obreiros maçons.

Este Conselho é basicamente formado por mestres mais velhos, quanto mais antigos melhor. Pois carregam em si, todos os históricos do quadro de obreiros.

Como nada me foi falado, tampouco, foi por mim perguntado, pois aprendiz não fala, não questiona, não escreve, fiquei por eu perguntar-me e fiz... Não uma, mais diversas vezes, e confesso, até hoje, passados 33 anos, por que Rodolfo Egon Tress se matou?

Como tudo voltou numa normalidade absoluta, quase alguns dias depois do fato acontecido na minha Loja, isto me causou espécie na época, e continuou a causar. E voltou a acontecer... Anos depois, exatos 04 anos, comigo.


Tenho dito...


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