terça-feira, 9 de maio de 2017


MAÇONARIAS COMPARADAS...

PELOS TEMPOS!



Primeira fase:    1717 + 74 anos = 1791.
Segunda fase:    1791 + 74 anos = 1865.
Terceira fase:     1865 + 74 anos = 1939.
Quarta fase:       1939 + 74 anos = 2013.



Para melhorar os meus achismos destes tempos acima, se alentarmos 75 anos como ciclo de tempo de uma vida, como todos os tempos para maturações, veremos que 75 vezes 04 etapas, somaremos 300 anos de tempos, algo que se completará, para a maçonaria no dia 24 de junho de 2017.

Lembro que das coisas sobre a maçonaria de hoje, o mais que há são achismos, a começar, que já se deu provas, irrefutáveis, que, nunca jamais a data regular da criação da Grande Loja da Inglaterra, não se deu pela data informada de 24.06.1717.

Sobres estes meus números tempos, não há prerrogativas nenhuma de cronologias absolutas, senão de um exercício hipotético particular, dado a fatos ocorridos em épocas, que fizeram o mundo ter grandes mudanças, por consequências, mudanças de comportamentos, tanto por cidadãos como nações.

Como cada ciclo de vida, se completa por doze meses, faz sentido, que você só terá um ciclo de tempo completo, no caso estes meus exercícios, estimado em um ano, ou seja, passados 12 meses completos. Daí optar por trabalhar não com ciclo de vida maturado de 75, senão de 74 anos.

Dando partida pelo ano da Maçonaria Especulativa, estimada pelo ano de 1717, teremos...

De 1717 a 1791, tivemos dois grandes eventos que mudaram o mundo. Nas suas formas, POLÍTICA, SOCIAL e ECONOMICAMENTE. Os quais foram, a Revolução Americana de Libertação (1775-1783) com sua independência da Inglaterra, e a da Europa, a Revolução francesa de 1789, estabilizada para além de 1791.

Nestes tempos, a maçonaria trazia em seu bojo um arcabouço de lutas, e como seus princípios maiores, suas lutas contra o peso da ignorância. Ora estabelecida por questões religiosas, notadamente contra as questões da ICAR – Igreja Católica Apostólica Romana, ora contra o absolutismo de várias monarquias existentes, mesmo até por aquelas que sofreram mudanças para o regime parlamentaristas. Pois enquanto, se dizia que neste tipo de regime, os reis reinam mais não governam, em verdades, meias verdades, haja vista, que eles tinham a autonomia de “criar” e “demitir” seus ministros, a hora que lhes desse na telha. E detinha sobre seus comandos os poderes de suas forças armadas.

De 1717, Eu imaginei um ciclo de 03 etapas para Maçonaria, como sendo: Crescimento, Desenvolvimento e Maturação. E outro ciclo compreendido analogamente a biologia humana:

- Juventude (segunda adolescência): 1ª etapa do ciclo de 74 anos...

- Vida Adulta Jovem: 2ª etapa do ciclo de 74 anos...

- Vida Adulta Média ou Crise da Meia- 3ª etapa do ciclo de 74 anos...

- Segunda Vida Adulta: 4ª etapa do ciclo de 74 anos... A que estamos vivendo, e podemos chama-la, a da maturação pela sapiência.

Na juventude a Maçonaria de fato foi uma zona completa.

Todo mundo queria ser maçom, pelo que se assombravam eram...

Os maçons deste período eram, em suma maioria elitista, e quase sempre, os que comandavam a maçonaria na Europa, eram oriundos da nobreza, ou diretamente da nobiliarquia regia. Os demais eram pessoas que se tornaram homens proeminentes, por sapiências acadêmicas, ou poderosos por riquezas pessoais auferidas, ou de poder militar, todos porém cheios de iniciativas quase pueris, aos perfis da maçonaria. Também pueril, se se fizer uma pesquisa por “meio número” de Ritos criados, portanto, alguns mais para “neo maçonarias criadas”, a coisa beirava aos escândalos.

Foram para mais de cem os ritos criados. Todos feitos às imagens e desejos e egos de seus criadores, e para assinala-lo, principalmente às imperfeiçoes de seus criadores, pois a maioria era mais para substanciar questões de egos, e para afirmações pessoais, do que verdadeiramente mudar ou transformar em algo bom, novar ou inovar princípios.

Por épocas da “juventude da maçonaria”, até bem próxima “vida adulta jovem”, podemos considerar a maçonaria pelas fases do que se considerava altamente secreto, seu lado bastante obscuro, fechado, e não por conta de seus sincretismos esotéricos ligados as iniciações ou por seus trabalhos em Templo.

Para esta fase do secreto usou-se, senão pelas ilações dadas aos neófitos, então iniciados, de que teriam suas línguas arrancadas e suas gargantas cortadas. Ao leigo, soa como uma barbaridade, mas, pela época, isto fazia sentido para fatos da vida. Pois, muitas das torturas havidas eram por estes estilos, ou piores.

Quantas gentes não tinham suas línguas decepadas, por abrir o bico. Ou esquartejados, ou empalados. No Brasil, até bem próximo de sua Independência os reis de Portugal, mandavam empalar muitas cabeças, depois de corpos esquartejados, em pontos de muita movimentação numa vila, para imposição do medo. Em 1817, na chamada Revolução Pernambucana contra o Império Português, com o rei já sediado no Rio de Janeiro, estes eventos foram aos milhares.

Então... Que tem, têm medos! Os segredos eram bem guardados.

Aquando os meios de comunicações eram pobres. E a maioria das mídias, davam poucas trelas, entendendo as coisas contadas da maçonaria como fofocas (fuxicos). Notadamente, praticado por crentes da igreja cristã, ligadas a ICAR.

E as ignorâncias quanto a barbáries eram palpáveis ou a vista d’olhos. Escreveu não leu, o pau comia. Por outro lado, as ignorâncias quanto, ou relativo às sabedorias de conhecimentos, pode-se dizer que a Maçonaria de antão, pela terceira e quartas fases, justamente a compreendida entre VIDA ADULTA MÉDIA e SEGUNDA VIDA ADULTA, ou a da SAPIÊNCIA era muito mais rica do que temos pelos nossos tempos. Pois, ela foi predominantemente elitista. Donde os cooptações de membros eram escolhidos a seletivas sociais.

Procurava-se cooptar, e sempre, gentes importantes, de conhecimentos acadêmicos, tanto quanto de poderes monárquicos, monásticos (bispos e cardeais) e de posses e poderes de mandos e comandos.

Não é à-toa quando pesquisamos por histórias, podermos contar que o maior número de Grãos Mestre, ou gentes do Grão Mestrado, eram destes perfis. Em quase todas as partes do mundo. Pela Inglaterra, ou se era SIR, ou se era da Monarquia Real ou se era da Igreja Anglicana. Na França, que era o segundo polo maçônico, também era assim. A maioria dos Grãos Mestres eram lordes.

Por certo, a cada etapa houve mudanças na maçonaria, também cíclica, quanto havia de mudanças sociais no mundo. Por exemplo:

Com o advento da Revolução Francesa, que pela época se suspeitava ter tido fortes laços com a maçonaria, nunca sem causa, para isto, pois conta-se que na Assembleia Nacional Constituinte Francesa, que contava com 1.177 constituintes, 200 deles eram maçons, que é um número respeitabilíssimo. Acima de 15% do total existente.

Por conta disto, e desse impacto, quase que na Inglaterra se punha o fechamento da Maçonaria Inglesa. Só nada sofreu, por que se deitou de joelhos ao Parlamento Britânico (1798), dobrados as exigências feitas pelos Parlamento Britânico, que era de ceder os nomes de todos os maçons ativos que existisse, e que fossem existindo com as novas iniciações. Isto perdurou por 167 anos. Só se encerrando tal exigências, no ano de 1967.

Já hoje se ver, que os franceses não estavam de todo tão errados assim. Salvos enganos de data, em 2015, resolveram os altos membros da maçonaria inglesa extinguir de seus trabalhos nos

Templos, questões de juramentos, isto me confirmado pelo irmão Mario D’Oliveira, um membro ativo da UGLE. (Questão exposta agora pela revisão deste texto, hoje, 09.05.2017).

Ademais que foram havendo outras revoluções na França a partir de 1789 como a Girondina (finalizada em 1793) quando os Jacobinos, lhes tomaram a posição, e que as perderam em 1794, com a prisão e execução do líder jacobino Robespierre.

Destes distúrbios da maçonaria por conta de eventos políticos, ou normais sociais, que iam aparecendo, temos que nos lembrar das cisões que foram havendo, notadamente, pelas duas maiores forças que eram a inglesa e a francesa, a ponto das duas entrarem em conflitos de ideias, quando pelas laicidades havidas no governo e na sociedade francesa, resolveram por abdicar de coisas, para exercícios dos trabalhos maçônicos ligados a religião. Ela, a Maçonaria francesa, foi-se pelos ritos que eram havidos como racionais implícitos dizer-se, sem questões de religiões metidas no seio dos Templos (1773).

E que depois, voltou-se para regressões dogmáticas religiosas, como ocorreram na Inglaterra em 1813, movidas pela Igreja Anglicana que dominava os Modernos. Em 1815 a francesa, agiu da mesma forma, voltando para coisas religiosas, mesmo assim até hoje a Maçonaria Inglesa não reconhece a francesa, como uma maçonaria regular.

Seria por despeitos? Avento que sim! Mas, acredito mais em beicinhos maçônicos. A Maçonaria francesa foi a que mais fez implantar formações maçônicas pelo mundo. Um exemplo disto foi a Maçonaria Brasileira, e quase todas as das Américas, Latinas e do Norte, que tiveram fortes ascendências francesas. No Brasil, foi à maçonaria francesa que participou para o surgimento dela.

E assim foi e continua ocorrendo “mudanças na maçonaria”, contudo as considero nada estruturais, senão de acomodações para os tempos que se vive.

Se tiverem por pesquisar, verão que a cada 74 anos, e por ciclos de 10 em 10 anos nestes tempos surgiram novações. Na política, no social e na economia, sempre com seus ciclos de altas e baixas.

Hoje, as Maçonarias estão altamente heterogêneas em tudo e por tudo. Todavia de minha parte, perderam-se suas essências, e por isto, acho, tem se tornado mais fraca. Menos dinâmica, e menos participativa nas coisas das sociedades, como por exemplos, numa participação política, mais efetiva e direta.

Maçonaria tão mais forte será aquando mais gentes fortes cooptar. Por fortes entenda-se tudo aquilo que se passa na sociedade profana. Forte de elementos políticos, fortes pelos elementos do judiciário, tanto aqueles que detenham fortes poderes sócios econômicos.

Fala-se da fraternidade e é assim que o mundo profano pensa! Que irmão ajuda irmão, que tal como em outros povos ou etnias as trocas de garantia para maus tempos estão sempre existentes. FALÁCIAS.

Nunca a Maçonaria pelo mundo esteve tão fraca neste sentido. Faço uma exceção a Maçonaria Inglesa, que nas questões das beneficências deixam as demais, por rés de seus pés. Entretanto se ver, que está beneficência está mais voltada para caridades. Não sei o quanto de irmão para irmão. Pois, também naquela nação, o número de maçons decresce, nas medidas de afastamentos (adormecimentos), quanto de novas cooptações.

Finalizando, se verificarem os ciclos de 74 anos, notar-se-á ciclos menores que os completa, correspondem mudanças, fortíssimas, na sociedade profana, que por obvio, inferiram para s questões maçônicas. De 1865 a 1939, tivemos dois grandes confrontos mundiais, um iniciado em 1914 outro em 1939, que mudou a vida e a sociedade para todo mundo.

Findo está monstruosa etapa, 1945, entre algumas guerras de pequenas montas e localizadas, o mundo tem vivido, uma era, podemos conceituar de paz, moderada, e de grandes avanços para humanidade no que concerne a seu desenvolvimento, social e tecnológico avançadíssimos em diversas ciências.

Enfim, inúmeros foram os fatos históricos que ajudaram a transformar o mundo, e neste composto a Maçonaria.







[1] Artigo feito em 2013, á recuperação aquando do meu acometimento de um câncer.

Mestre Maçom: EfeGueiros.
[2] Revisionado em 09.05.2017

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