sábado, 4 de março de 2017



OS COMPLEXOS DE ANTIGOS
DEVEDORES INGRATOS!

Sempre é bom quando leio nas páginas de diversos jornais europeus, notadamente os jornais de línguas latinas, e por óbvio, os jornais portugueses, sobre os vários problemas na Europa, relativos à economia e as políticas naquele continente.
Li nestes últimos dias, precisamente em 04.03.2017, uns comentários postos pelo meu ir:. e amigo virtual português Helder Pimentel, quando no Facebook ele dispôs um artigo assinado por Pedro Marta Santos, no suponho ser um Blog português, ÚLTIMA HORA.
Para melhor compreender exponho abaixo o artigo feito:
O moralista
Vamos ser redesenhados
22-11-2016 por Pedro Marta Santos
Quantos Brexits e Trumps serão necessários para os políticos mainstream perceberem que já não servem os anseios das populações?
Quantos Brexits e Trumps serão necessários para os políticos mainstream perceberem que já não servem os anseios das populações? Há, porém, um factor que tem escapado aos analistas: a tendência isolacionista, industrial e antiglobalização dos novos EUA será, a médio prazo, contraproducente.
O mundo que transportou Trump até à vitória – das fábricas operárias e do trabalho - lumpén – não irá regressar. O movimento do comércio global, baseado nas tecnologias digitais e no poder político das grandes corporações, é inexorável. O futuro Presidente dos EUA será – no mais irónico dos paradoxos – um D. Quixote desenhado a carvão e surgido do Rust Belt dos anos 80, em luta vã contra os gigantescos moinhos da Global Redesign Iniciative (GRI) do século XXI.
A GRI, congeminada por 1.200 peritos do Fórum Mundial – os barões de Davos –, é mais perigosa do que Trump porque é desconhecida do grande público. As multinacionais de topo, sob o auspício de países como o Qatar ou a sonsa Suíça, dominam o programa da GRI: "criar nova legislação internacional"; "integrar recursos não governamentais nas estruturas políticas e na sua aplicação"; "estabelecer um novo paradigma internacional de governança". Trump é um predador, mas um predador escolhido democraticamente pelos eleitores do seu país. Após destruir muitas costas, será devorado por tubarões ainda maiores do que ele, que mastigam o sistema legislativo e judicial das nações e engolem qualquer escrutínio democrático. Global Redesign Iniciative. Só o nome mete medo.
Então... De há muitos tempos, precisamente desde fins de agosto de 2004, amiúdes, faço comentários a respeito dos acontecimentos econômicos – políticos do continente Europeu, a começar pela tresloucada ação da “construção” da moeda única, haja vista as díspares economias envolvidas e estruturalmente havidas.
De um lado, três ou quatro países com parques industriais fortemente estruturados, com um deles fortíssimo que era, é e continuará sendo a Alemanha e os demais com suas precárias condições de meros consumidores.
Nestas precariedades todas, em 1º de Janeiro de 2002 efetivamente a Europa aderiria ao Euro. Notadamente tudo começa pelos idos de 1º de Janeiro de 1999, quando então 11 países membros aderiram, eliminando então suas  tradicionais moedas. Estes foram os países:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, e Países Baixos.
Atualmente passaram a serem 17 os membros:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Portugal e Países Baixos.
Com uma população deste grupo estimada em +/- 175 milhões de pessoas.
Em comentários anteriores firmei que a construção do Euro fora firmado em bases estéreis inscritas no Tratado de Maastricht, que para aquelas alturas estabelecia uns critérios necessários para os países tornarem-se membros da zona do euro. Eram estes:
1 - Uma taxa de inflação que não tivesse ultrapassado 1.5% a média (do ano anterior 1998) da taxa de inflação dos três países com menores taxas de inflação.
2 - Taxas de juros a longo prazo, durante o último ano, que não excedam 2% dos países com as menores taxas de inflação.
3 - Taxas de câmbio estáveis pelos últimos dois anos.
4 - Déficit menor que 3% do PIB (produto interno bruto) do país.
5 - Dívidas governamentais menores que 60% do PIB do país.
Com relação à taxa de inflação, nota-se que o critério de estipular uma taxa média, já se mostra num caráter no mínimo duvidoso ou facioso, se observarmos que já em 1998, pelos menos 06 países “trabalhavam” com taxas inflacionárias de:
Suécia           0,051 %
França           0,262 %
Alemanha     0,358 %
Luxemburgo   0,402 %
Islândia         0,496 %
Bélgica          0,684 %
Estas taxas mesmo que se tabulassem uns juros médios, a taxa de 1,50% conforme estipulada como condição, representava quase cinco vezes a taxa do terceiro país, que era a Alemanha, que então detinha uma taxa de inflação anual de 0,358%. Com média semelhantes pelos últimos 03 anos.
Portugal e outros pela época tinham taxas de inflações superiores a 3,%. Assim demonstrado: Portugal pela época detinha 3,175%, Grécia 3,869%. Os países baixos, em média, tinham taxas superiores a 1,85%. Por sorte, para os ingressos de alguns, fechou-se de todas as formas os olhos, de formas que tudo estava resolvido e todos tinham média de inflações igual a 1,50%. Ou seja: Pura pulhas. Puros engodos, para ingleses verem... Ou melhor: Para alemães verem, haja vista, que os departamentos de controles disto eram havidos na Alemanha, como o Banco Central Europeu.
Enfim... Fecharam-se os olhos para todos os critérios estabelecidos, para tudo ir piorando aos longos dos anos, 10 anos exatamente para os desastres de 2008. Quando então se deu a dor de barriga financeira na América, que desaguou numa tremenda caganeira na Europa, principalmente nos países, que usaram e abusaram dos créditos com favorecimentos, produzidos pelos países, com superestruturas industriais, e disto para os completos descontroles de suas despesas, notadamente as públicas.

Tudo ficou pelas alturas! Taxas de inflações altas. Taxas de juros altas. Deficits altíssimos, tudo superior aos 3% estabelecido. E as dívidas internas somadas as dívidas externas, principalmente pelos excessivos números de empréstimos superaram em muito os 60% estabelecido para como limites de comprometimentos do PIB.
Os culpados? Todos... Desde o mais alto governante ao povão (a malta). Todos queriam ganhar como ganhava um operário alemão. E por que não? Só que para isto não existia economia para tal em paridades econômicas e principalmente financeiras.
E como afirmei isto existia desde o começo. Inúmeros países não tinham ontem, como não tiveram durante, e nem terão no futuro, viver numa moeda utópica, quando se faz umas mínimas analogias econômicas.
O que mantinha uma pseuda paridades de euro, nos países com comprometimentos econômicos graves, países estes que dias a dias mais se enrolavam econômica e financeiramente em dívidas, era o crédito vil estimulado pelos países altamente exportadores, como Alemanha e a França, e pelas beiradas os Ingleses. Como sempre!
Estes sempre ficam como observadores. Se der certo Eu trepo, se não der certo, fico do lado vendo as trepadas, quiçá, sobra alguém, ou alguma!
Com isto países como Espanha Portugal e principalmente a Grécia, iam criando paridades salariais com os outros, que eram bem mais estruturados, e muitos melhormente organizados, econômica e financeiramente, a cada berro que o povo dava nas ruas, os governantes iam aumentando salários sem quaisquer relações com as produções, juntando a isto outras benesses salarias dos tipos, 13º salários, salários de férias (verão), salários de natal, etc. Resultado disto, governos altamente endividados com altíssimos empréstimos do exterior, com juros cada vez mais altos para rolagens de dívidas internas e externas. Acumulando mais dívidas, agora em formas de juros, algo altamente antiprodutivo.
Quando veio a forte recessão provocada pela dor de barriga financeira nas terras americanas, e a disenteria que correu solta na Europa, acabaram-se os créditos, dos países fornecedores destes, surgindo então à inadimplência dos países tomadores, que endividados e sem capacidades próprias de saírem dos imbróglios em que se meteram resultou receberem ordens, como meninos maus aplicados, de como agirem nas ordens fiscais internas, econômica e financeira. Ficaram pelas choradeiras e chiadeiras que vieram com tais ordens! E que ainda continuam.
Posto isto, acho que o articulista português, mais uma vez, olha os fundilhos dos outros, sem, entretanto primeiramente olhar os seus. Ainda por cima, trata os trabalhadores americanos de lumpén, que quer dizer no singular da língua portuguesa, chama-los de: indivíduo que faz parte do lumpemproletariados, ou na gíria mais pejorativa, de pessoas vadias, sem ocupação.
Ora... No que lhes importa o que o Trump fez para ganhar as eleições, ou fará, com o fito para cumprir com seus compromissos de campanha? Ainda mais quando o articulista se põe como pitonisa, ou Nostradamus.
Sugerindo, que o Trump não irá produzir empregos suficientes para que os “lumpén” voltem. E por que não? Há expectativa está instalada justamente nos critérios de mudanças que o Trump quer estabelecer para com as empresas americanas que mudaram de domicilio fiscal. Ou Elas voltam, ou aqueles que fazem elas verão das consequências.
E mais tolo se acha o articulista, quando aventa que países como Qatar ou Suíça, possam de algumas formas fazer frente de algumas maneiras aos americanos, notadamente, naquilo em que muito se especializaram os americanos, e quantos mais pesquisam e criam, que são as técnicas em tecnologias digitais, para nem falar em conglomerados, associados que vão formando pelo mundo!
O Articulista, ainda não se deu conta, que quando a América do Norte solta um pum, que sentem odores maus são os outros. Quando os americanos têm dores de barriga, que se toma por diarreias são os outros. Isto tem sido assim, por quase um século. Os últimos acontecimentos foram os de 2008, pois o mundo não aprendeu com os caos de 1929, começados em 1920 com a crise da Bolsa Nova-iorquina.
Por hora, o que o Trump está fazendo ou querendo fazer é retirar a América dos ostracismos que se meteu por estes oito anos do Governo de Barack Obama. A América deixou de ser um protagonista em quase tudo, para se tornar apenas uma observadora.
Escrevi quanto o Obama se elegeu com promessas da retirada quase completa das forças americanas do Oriente Médio, que àquilo se tornaria o caos. Escrevi isto, numa das páginas do Fórum Maçônico Lusófono, pelos idos de 2005/2006. Dizia Eu por escritos inquisitivos...
“Quem ou qual país estaria preparado para assumir a estrela de xerife do mundo, já que o xerife Obama anunciava a aposentadoria de xerife, principalmente no Oriente”?
Eu mesmo respondi, afirmando que ninguém no mundo, tinha ganhado este preparo. A América do Norte tinha ganhado respeitos e preparos para isto desde quando sua participação na 2ª Grande Guerra, e a longo disto, durante a guerra fria com Moscou.

Quando a Guerra do Kosovo surgiu, depois de mais de um ano cada vez mais forte e selvagem, movidos pelas interferências dos americanos, a OTAN resolveu interferir, com a frota americana metida no meio ativamente. Tudo em solo europeu, a 7.200 quilômetros de Washington.

Aposentado o xerife o que ocorreu? O Oriente pegou fogo e ficou ensandecido, e novamente para onde foi a grande disenteria? Justamente, para aqueles que berravam contra as ações americanas, com uma invasão ensandecida de muçulmanos dispostos a tudo! E a bagunça social estabeleceu-se no continente Europeu, nos quatro lados.
É umas sandices do articulista, querer atestar que o Trump quer o isolacionismo de seu país. Chega, com todos os respeitos a quase burrices. Jamais, nem em campanha, o Trump, homem nascido e vivido dentre aglomerados financeiros e econômicos, desde tenra idade como "operário" proporia tais sandices.
O que ele pretende é que a América do Norte volte novamente a sempre querer prioridades e ser novamente protagonista para seus comércios, não somente tratar de parcerias como ocorreu no governo Obama, com resultados nada pífios para economia americana, onde tem muito mais cedido do que ter ganhado alguma coisa.
Muitos se apegaram e continuam se apegar nas questões dos imigrantes. Ora... A América do Norte, nestas questões de imigrantes desde o fim da segunda grande guerra, sempre teve suas fronteiras quase abertas, principalmente, para os europeus. Por onde todos os anos, entraram milhões de pessoas.
A cada ano, desde está época, somam-se milhões de pessoas que ingressam para viverem nas terras americanas. Só de mexicanos, estima-se hoje que vivam na América do Norte mais de 60 milhões, destes 9 a 10 milhões são de clandestinos. Ou seja, de clandestinos, é quase uma população inteira de Portugal vivendo na clandestinidade mais indigna possível na América. Some-se a isto altíssimos custos sociais para o país. E consequentemente para sociedade americana.
Isto tem causado todos os tipos de transtornos, sócios econômicos e financeiros. Principalmente, na área criminal. Quase 1/5 da população carcerária americana, num total aproximado de dois milhões, 400 mil são de mexicanos.
Quando o Trump, falou da criação de um muro, para conter esta invasão de clandestinos via de sua fronteira com o México, foi um deus nos acuda. Ora... Que estupidez criar um muro, quando o mundo “está” querendo derrubá-lo? Pensam as mídias nos rincões de suas cadeiras almofadadas.
Para mim, todos os comentários ressoados pelas mídias americanas, mexicanas e por todo mundo, soam-me a porcas hipocrisias ou as estupidezes da falta de conhecimentos.
O muro na fronteira com o México já existe, há quase 30 anos. Tem quase 2.000 quilômetros, e foi criado no governo Clinton. E ninguém se fez com tantos alardes. O que o governo Trump quer fazer é ampliá-lo, e desta vez cobrando os custos da ampliação do governo mexicano. O que o governo Trump quer concomitantes a isto, é reduzir ao máximo admissível os imigrantes clandestinos vivendo em seu país, com hoje, se estipulam, serem para mais de 30 milhões de pessoas. Qual governante responsável não há de querer isto? 
E para mais... Já diz um velho ditado: “Que pimenta no rabo dos outros é refrescos”!
Alguém ouviu falar, discutir ou alardear o muro já existente feito pelo México? Certo...

Ele não existe fisicamente com a Guatemala, mas é o mesmo como se existisse tal é a violência com que o México guarda está fronteiras, tendo em vista, que não tolera a invasão de seus territórios por guatemaltecos e outros povos da América Central, muitos destes, com destinos a América do Norte. O México é muito mais do que enérgico com imigrantes clandestinos. Eles são ferozes policialmente.
Segundo uma Rede de Organizações Defensoras de Migrantes (Redodem), que entrevistou mais de 30.000 migrantes acolhidos em sua rede de albergues, quase metade dos crimes contra eles em 2015 foi cometida por policiais (41%) mexicanos e o restante pelo crime organizado e a delinquência comum no México. Hoje a prevalência, está mesmo sendo feita pelos mares, quer seja o mar do Caribe, Atlântico ou Pacífico. Para estas minhas colocações vide o link de uma articulista mexicana de nome: Ana Rosa Moreno, de Puebla, México... Clicando aqui...
Finalizando... Na visão do Trump, ele tem feito indicações para empresas e conglomerados americanos, que estão dando preferências em colocar suas empresas em outros países, com fins de obterem maiores ganhos de lucros, por conta de mão de obras mais baratas, tirando, portanto, os empregos dos americanos ou daqueles que o articulista português, cognominou-os de lumpén, terão que se ver com o fisco americano, ao internar seus recursos lucros e outros, com os bens produzidos, pois os tributos sobre estes, serão altíssimos a ponto que desestimule a prática, que ele entendeu como um dumping ao contrário do país dele.
E para mais, o articulista português denominado Pedro Marta escreveu... Que o Global Redesign Iniciative, ou seja, Iniciativa de redesenho Global, referindo-se as questões da Globalização, não só meteria medos a América, afirmando que 1.200 peritos do Fórum Mundial – os barões de Davos, estariam a postos para tais reformulações, como estaria para meter medos ao mundo.
Ora... Meu senhor articulista português! No mínimo seus escritos beira aos paradoxos, pois quem está com medos são os outros do Trump.
Ademais, desde 1950 que o comércio americano pouco mudou. Escrevo isto nas magnitudes de seus produtos agropecuários industriais, que a cada ano continuam crescendo, mesmo com alguns enfrentamentos por países com grandes áreas extensivamente agricultáveis como o Brasil.
Agregue-se a isto, sua fabulosa máquina e atuações, também sempre crescente, nas áreas de desenvolvimentos técnicos científicos, notadamente, na área de química fina e tecnologias digitais.
É para se lembrar de que dois são os elementos que atrapalham se se pensar que os Europeus com uma moeda forte vão querer fazer luta ao comércio americano. Ou vão para a prática do dumping, ou tentam que a que sua mão de obra obedeça em deprimir-se, mais ainda, quando a União de Países europeus, da comunidade conta com 175 milhões de pessoas a serem consumidoras, enquanto os americanos, só neste quesito tem quase o dobro de pessoas consumidoras.
O mercado mundial ainda é voltado para a América, ainda com consumidores de grandes portes financeiros, e a coisa tem funcionado no “Toma lá, Dá cá”. Ou seja... Vocês me vendem desde que também compre alguma coisa de mim... Senão é pau cipó e peias. E na guerra de fracos com fortes, desde os tempos das cavernas, os fracos têm perdido sempre. E falo isto nas duas formas. Na do comércio e das forças das armas.
Sem mais para não esquecer a cagada feita pelo nosso querido negão Barack Obama. Desistiu de ser xerife do mundo, e o mundo foi para anarquia e pegou fogo, para mais guerras, como o caso da Síria, e o aumento da violência terrorista, com a invasão muçulmana prevista por Nostradamus que se está dando com as inconsequentes vazões (despejo) no ingresso de imigrantes.
Irreversível, inexorável, desestabilizadora para o fomento de graves confrontos sociais. Que tenderá a desestabilizar mais ainda os frágeis governos e governantes, alguns com as síndromes de Estocolmo as avessas. Tanto fizeram no passado em sequestrar países e pessoas, que agora as culpas lhes sobem a cabeça, servindo para criar os que entendem como mundo livre, sem fronteiras.

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