sábado, 11 de março de 2017


O QUE É A MAÇONARIA?



Para responder a está questão formulada por alguns profanos, mesmo que sejam até por historiadores, e que para definições já se construam algumas respostas ou discernimentos, vias de artigos ou não, de fundos pessoais como fez nosso amigo virtual Rui Palmela, singelo portuga para mim, e para até alguns iniciados na Ordem, tem que se começar por dizer o que não é Maçonaria.

Primeiramente: Maçonaria aquém das Guildas são puras invencionices débeis. Querer se levar a Maçonaria para os tempos de Adão, ou de Quéops, Quéfren e Miquerinos; Salomão ou dos tempos colegiados dos Romanos, são artifícios de historietas. Vendem-se bem isto.

Que para isto alguns criam artifícios de um iniciado maçom ser dotado de autos conhecimentos aos estilos de um Mago Merlin. Ou de sabedorias extraterrenas.

E em absoluto isto seja, ou tenham sido, ou tidas, quaisquer verdades.

Segundamente: A correlacionada “Maçonaria operativa”, clichê mal formatado, e que eram as Guildas, por obvio tinha alguns diversos tons de cinza, para assim se dizer ou chamá-la de Maçonaria operativa. Mas, não era e nunca foi Maçonaria operativa, senão simples Guildas.

E prova disto são as inúmeras Guildas que não só eram “erguidas” para profissões operárias, como existirem Guildas de diversos tipos de entidades e atividades. Como Guildas de comerciantes e administradores de diversas facetas da vida comum dos cidadãos, pelos tempos da idade média, e de alguns anos próximos as outrora eras.

Nenhuma delas sequer em suas ritualísticas, e havia diversos ritos, tiveram quaisquer consonâncias com a Maçonaria que se conhece desde 24 de junho de 1717, numa quinta-feira erguida e edificada, provavelmente à tarde noite desta data, que se passou a denominar Maçonaria Especulativa, a qual se deveria apenas denominá-la como Maçonaria Real, primeira e única.

Voltemos a Maçonaria de historietas!

Se pudesse ressuscitá-lo, Eu não daria conselhos a James Anderson, pois não se devem dar conselhos – não de serem eles indevidos – por obvio, conselhos pode se dar a qualquer e a qualquer hora dias, noites ou tempos, mas, porquanto dele ser um homem altamente sábio. Eu por certo lhe daria com paus cipós e peias, para que fosse mais experto, ao invés de puramente esperto, como se houve.

Explicando: Foi ele que com seus devaneios em querer explicar o que era Maçonaria, ou dela fazer crer sua concepção, começou a buscar Maçonaria em tudo que eram cantos. Senão vejamos estes seus destemperos...

Para dar conceitos de artes reais destemperou-se em escrever em desenhar historietas analógicas com as coisas do Velho Testamento, assim sendo:

Seguidamente, Anderson apresenta uma breve história da arquitetura, ou das artes reais, evocando sucessivamente os ancestrais prestigiosos, todos referendadas nas histórias do povo judeu, e contadas no Velho Testamento, e outras mais tais como:

Tomando de Gênesis...

- Cain, que construiu a cidade de Enoque (Gênesis 04:17).

- Tubalcaim, que foi o antepassado de todos (inventor) dos que forjam ferramentas de bronze e ferro (Gênesis 4.22). –

- Ou seria Hiram de Tiro? Um simples modelador em bronze, que modelou duas colunas (I Reis 7.15).

- De Salomão para construção do Templo de Deus (Reis e Crônicas)

- Ou das diversas duas colunas tão faladas no Velho Testamento. Sansão esteve entre duas, quando derrubou o templo.

E vão-se pelas histórias...

- Como as sete maravilhas do mundo.

- O esboço de Vitrúvio e seu "De architectura", definindo-os módulos do corpo humano e os edifícios e proporções.

- Monumento (megalíticos) “Celta”.

- A arte gótica.

- O renascimento do medieval arte pelo modo romano da época de Augustus, depois retomada, por exemplo, na Inglaterra, na construção da Catedral de San Pablo de Londres em imitação da Basílica de Roma de São Pedro.

Enfim... Está real ou construtiva arte é um conhecimento que é transmitido através de uma ininterrupta cadeia que confirma a história e arqueologia: Caldeia, Egito, Israel, Grécia, Roma, França e Grã-Bretanha, quando não isto tudo representativo nas artes dos construtores condominiados, ou consorciados, ou cooperativados senão nas formas de sindicatos de classes para aqueles que trabalhavam as pedras. Representativos nas Guildas.

Daí para o advento da formulação da lenda de Hiram, ou Lenda do Mestre Maçom, foi somente aguçar as ideias.

O que muitos não se tocam, notadamente os maçons, que passam pelos ensinamentos dos três graus, e que nada aprendem, que tudo isto é meramente um espelhar de ideais e ideais construídos ou construtivos para uns simbolismos de aprendizado, como são todos os diversos símbolos que a Maçonaria adotou-os ao longo de sua maturação, tão diversos, quanto diversos foram suas origens.

Pouquíssimas é a simbologia de autoria própria ou de significado próprios da maçonaria.

Falar-se de Maçonarias primitivas e construtivas é enredar-se por lendas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Quer se misturar alhos com bugalhos. Ou dizer nada com coisa alguma.

Maçonaria real, ou Especulativa propriamente dita é apropriado e documentado. O resto é pronominação por analogias.

Abominação maior é vir-se com Maçonaria Moderna! Moderna em quê?

Na aberração de Regular ou Irregular? Na temática de religião ou religiosidades? Herdada de tempos anteriores a Cristo?

Ora... Ora... Ora... Tenha-se senso. Inclusive históricos reais, não na base de estórias.

A temática de regular só é dada nas traquinices bestiais formulada pela Grande Loja Unida da Inglaterra, isto quando não quer conferir a outras Potências seu reconhecimento!

Reconhecimentos auto imposto á si própria na prerrogativa de ter sido a primeira.

Todo maçom é maçom desde que fiel e regularmente iniciado nas iniciações previstas pelas Old Charges, ou velhos testamentos maçônicos, que é sua Constituição. Outrora, constituições de Anderson, e depois reformuladas ou desconstituídas ao bel prazer, ou prazeres de criadores de ritos e ritualísticas.

Todavia, se uma iniciação for feita nos reconhecimentos dos diversos ritos, que ainda hoje existem, mais proeminentemente os ritos de York e Escocês Antigo e Aceito, é maçom para toda eternidade. Nem a morte o faz deixar de sê-lo. Não existe meio maçom, ex-maçom ou maçom regular.

EXISTEM MAÇONS!

De diversas Potências, todas elas hoje com suas Constituições, principalmente, pelos seus Landmarks, os quais evocam suas filosofias próprias e singulares a cada nação. Aqui simplesmente denominadas Potências Maçônicas.

Tanto quanto só existe uma MAÇONARIA. A que foi erguida e proclamada em 24.06.1717, numa quinta-feira, quiçá ao anoitecer deste dia, que para este ano de 2017 estará completando 300 anos de dias ininterruptos de existências.

E para mais...

Maçonaria foi feita por HOMENS, e por estes ela é exercida, fossem eles de bons ou não tão bons princípios. Ou como é dado a se conhecer: De bons costumes! Mas, não é tão assim...

A começar que a Maçonaria nos seus primeiros tempos, por todas as partes da Europa, tanto quanto para outros orientes em que fora transportada, sempre foi notória e altamente elitista!

Aos assombrados ou desassombrados e aos ridículos, sim, ela foi notoriamente elitista, pois sempre fora formada até aos limiares do século 20, por cooptações de pessoas, que dela pudessem fazê-la grande e poderosa!

Foi assim formada e comandada pelos mais nobres da Inglaterra, muitos deles diretamente saídos da nobiliarquia real inglesa. Assim se deu na França e em diversos outros países.

Hoje se pode dizer que a Maçonaria, perdeu a elitização da nobreza real, exceção à inglesa, e das cooptações de gentes poderosas, o que tem contribuindo para seu enfraquecimento. E para o fato de muitos adormecimentos.

Aos leigos profanos, “adormecimentos”, significa dizer maçons que se afastam temporária ou definitivamente das atividades maçônicas em suas Lojas.

Todavia, digo e afirmo como sempre afirmei, inclusive enquanto por diversas vezes tesoureiro de minha Loja Maçônica, que se alguém se atreve a ser maçom por meros atos de hobby, verá doer nos bolsos, e ver que Maçonaria se exercitada enquanto hobby será um hobby caríssimo!

E quanto a conhecimentos superiores, tipos extraordinários aos de um mago, aos estilos Merlin... Esqueçam!

A Maçonaria não é e nunca foi para isto. Ela faz “surgir” conhecimentos já preexistentes, e os faz educar-se e como fazê-los nesta educação servir não só ao seu dotado, como para dotar-se a servi-lo, e bem, á si próprio á sua família e aos outros. Nestas linhas diretas de formas.

Ninguém entra na Maçonaria para ser Albert Einstein ou Salomão, ou Mago Merlin! Essa premissa não é válida e é enganadora. Pois não existem segredos na Maçonaria. Ela não é secreta e nem discreta. Discretos tem que ser seus iniciados.

Simples assim...

EfeGueiros – Mestre Maçom.

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