quinta-feira, 14 de junho de 2018







Eis um mote, que data vênia, tomo de o querido ir:. Tibério Maia, á ditos seus, e postos no Facebook: “A Maçonaria que se destacou na Independência, na libertação dos escravos, na Proclamação da República do País, onde se encontra?



A priori perseverante irmão Tibério, ela se encontra, total e completamente adormecida, pois dormiu nos louros do passado e se alienou das sociedades. Não se adaptou aos tempos, e virou apenas clube de amigos. Muito pela total e completa ignorância do que foi, do que é, e do que poderia ser.

Óbvio, como culpados maiores estão todos os Grão-Mestres de todas as Potências existentes no Brasil.

Deixando a modéstia de lado, tenho foro e presencial para afirmar isto.

Nos meus entendimentos, e principalmente conceitos, dentre seus maiores pecados, existe o de trazer para dentro da MAÇONARIA todas as ignorâncias religiosas, por qual, fez lutas no período compreendido entre junho de 1717 a 27 de dezembro de 1813. E antes disto de 1717, quando operativa, movida pelas diversas Guildas, e pós 1813, até os tempos atuais.

Se alguns não entende, antes de 27 de dezembro de 1813 existiam para Inglaterra e para o mundo, duas MAÇONARIAs. Uma chamada dos ANTIGOS, tacanha e religiosa, e outra a dos MODERNOS, lógica e pragmática se adaptando a sociedade e aos interesses da humanidade.

A tacanha, ou dos ANTIGOS, era excessivamente religiosa e embasada sobremaneira nas questões cristã, onde o homem para ser digno probo (de bons costumes) e livre teria que crer no deus cristão. E também ficar gregário (partidário) das antigas ordens, ou ordens originárias da MAÇONARIA Operativa, advindas das Guildas, que eram em verdades, algo, como para os dias de hoje, um sindicato, ou um sistema cooperativista.

A outra, nominada pelos entes do grupo dos ANTIGOS como MODERNA ou dos MODERNOS, já trás em si, dar para ser ter como pejorativo a colocação, ser demasiada “especulativa”.  Ou moderas.

O imbróglio, começa, pela interpretação dos Antigos em ler que as iniciações praticadas pelos Modernos não eram regulares. Mais quais eram estas irregularidades?

Em toda história, historiada, não é expressivamente colocada, quais irregularidades eram cometidas. Apagou-se nos tempos, ou por conta da união praticada em 27 de dezembro de 1813.

Todavia, é suposto por maioria dos pesquisadores, que o elemento que mais rendia problemas eram as questões quanto a religião. E tudo muito ligado à Igreja da Inglaterra, conhecida também como Igreja Anglicana. E por outras, o não cumprimento ipsis litteris, ipsis verbis dos Antigos Regulamentos.

Passados 83 anos de “lutas” ou melhor, “brigas”, contados a partir de 1730, quando James Anderson diante de muito pressões dos Antigos, refez as antigas Constituições, que detinham formas bem mais próximo ao laicismo, para fazer desta de 1730, uma Constituição eminentemente confessional. Chegando-se em suas ações de práticas em templo, algo quase clerical.

Estas ações chegaram a extrapolar as coisas no templo, a ponto de causar espécie nas ordens sacerdotais. Daí grandes partes de antipatias.

E o que isto, tem a haver com os pretensos erros da nossa atual MAÇONARIA e sua pretensa e colocados adormecimentos?

Mutilações.

Foi neste período que a MAÇONARIA via de seus componentes iniciados, foi mais prodiga em criar (construir) Ritos.  Tudo para satisfazer egos de eminentes maçons, e angariar espaços maçônicos. Uma forma de sair do absoluto mandos (e diria, desmandos) da Grande Loja Unida da Inglaterra. Agora potência única.

Criou-se não só ritos com diversas linhas de conceitos maçônicos (alguns nem para isto eram maçônicos), vários consideravelmente adversos as questões cristãs, tanto quanto, um aumento de gradações (graus) despropositais. A ponto de grandes mestres maçons, e de grandes escritores maçons, já pela época, firmar que a real MAÇONARIA só existia em três racionais graus. Que eram: Aprendiz, Companheiro e Mestre.

Outra das grandes mutilações, foi as criações dos chamadas Landmarks. De todas as ordens, de todas as sortes. Ou para que desse ou viesse a alimentar as coisas dos egos de seus criadores, todas para fazerem frentes ao chamados Antigos Regulamentos.

Alinhe-se a tudo isto, que a MAÇONARIA, até idos do século 18, eram essencialmente elitistas. E diretamente governada por estes.

O exemplo maior deste elitismo foi e é ainda, a Grande Loja Unida da Inglaterra, onde todos os membros do Grão-Mestrado maior, tem que ter o título de Sir e ser anglicano, além do cargo de Grão-Mestre perpetuamente pertencer a Coroa inglesa.

A francesa, a segunda de maior porte, tinha também este grau de elitismo, segundo ao cargo de Grão-Mestre “dado”, pois em suma maioria era escolhido, pelo anterior, e dado a nobres, da nobreza francesa.

Nem tudo foi tão ruim, por estas épocas, devido a estas exceções elencadas. Um fato que tornava a MAÇONARIA forte, e operativa versus seus efeitos a sociedade, é que a maioria de seus grandes mestres e “governantes”, entenda-se veneráveis, eram cooptados dentre as pessoas mais destacadas na sociedade. Nas mais diferentes áreas.

Complementarmente, a àqueles que poderiam com seus esforços e capacidades profanas, enriquecer o quadro. Como grandes empresários.

Por outra, era muito comum ter gente dos vários poderes de uma nação: como gente do Executivo governante, do Judiciário, dos Militares, dos Políticos, e não se esquecendo pela época um outro poder, que era os religiosos nas suas eminências maiores.

Foi quando a MAÇONARIA não só fez lutas contra as ignorâncias religiosas, notadamente as da ICAR - Igreja Católica Apostólica Romana, como aos Reis, Imperadores em seus absolutismos e governos títeres. Daí ter podido produzir mudanças como se fez no Brasil, na Independência, na Libertação dos Escravos, e na questão interna de poder, na criação da República do Brasil.

Mas, na medida em que se foi conseguindo, vias de lutas de ideias, pois foram poucas as revoluções feita a sangues no Brasil, várias mudanças, atingindo ao que parece um ápice, seguiu-se a aparecer as antigas mutilações, mesmo que latentes.

Paradoxalmente, voltou-se para coisas religiosas, e na sua maior desgraça, dizer-se apolítica.

Maiores mutilações, que se tinham tornado latentes, que “caducos” mestres, e péssimos conhecedores da MAÇONARIA em sua história e conceitos, limitaram a ”eunucar” os maçons naquilo que a sociedade sempre consistiu em ser: POLÍTICA.

A faculdade maior da MAÇONARIA, para crescer e multiplicar-se inclusive em poderes, foi fazer todas as ordens de políticas, e passados não tão remotos assim, haja vista que nossa Proclamação da República feita por maçons, hoje, tem 128 anos. As maiores delas, a políticas de ideias e de ideais.

Á propósito disto, as questões políticas, se voltarmos ao passado tudo começa logo após, por incrível que possa parecer, devido a existência da Revolução Francesa, e sua duração até novembro de 1799.

Receosos, diria mais do que isto, até em desesperos, o Parlamento Britânico, devido ao grande boato de que foram os maçons franceses que havia instigado a Revolução Francesa, fizeram uma lei, pondo a MAÇONARIA britânica de joelhos.

Para não ser “dissolvida”, ou proibida de existir, tiveram os membros governantes da MAÇONARIA, nas pessoas dos dirigentes do Grão-Mestrado, fornecer obrigatoriamente, "por todos os dados civis", uma relação da existência de todos membros existentes, e mensalmente, uma relação de novos membros iniciados. Isto durou até o ano de 1967, quando enfim, se cessou tais obrigações. Porém foram mais de 160 de subalternizações!

Mas, o ranço ficou... Quem, mesmo nos dias de hoje já não ouvir dizer que é proibido se discutir política nos templos das Lojas...

Duvido, porém que achem quaisquer indícios, fora a lei do Parlamento britânico, que alguma Constituição Maçônica tenha inscrito isto como artigo proibitivo.

A ideia maléfica em dizer que política e religião poderia levar os maçons a desunião, é chamar o homem maçônico como um ser estúpido, a ponto de não poder discutir ideias e ideais.

Com esta balela, “eunucou-se” os maçons, ao fim, e ao ponto de hoje, ela estar dormente. Enfim...

Ao início, ou quase introito deste artigo, firmei a frase: “Deixando a modéstia de lado, tenho foro e presencial para afirmar isto”.

Como firmar estes pontos? Com exemplos...

Era Eu na venerança de um grande ir:. e amigo Eugênio Carbone, a convite do mesmo, como ofício, ser o Tesoureiro da Loja. Ao fim, dos meus mensais relatórios há como andava a Tesouraria no que concerne à valores, apresentar um item, em que dava como outras receitas, juros.

Chamou isto a atenção de um maçom, dos mais velhos mestres, aquele tipo dono de Loja, se insurgir, a colocação é esta, pois, se dizia indignado de Eu como maçom, estar agora fazendo da Loja, uma casa bancária, ou como se Eu fosse um agiota. Pois, “criminosamente” agira “em ganhar” juros.

E por que deste acintoso susto? É que antes de mim, todos os valores que era aferido a caixa da loja, era numa contas correntes, colocada num banco. Quando me tornei tesoureiro de imediato fiz abrir uma conta poupança, onde passei a apropriar todos os valores pela Loja recebida.

Devida a insurgência do irmão, não importa aqui citar o nome, do mesmo, haja vista, está muitíssimo vivo, e devido a forma grosseira, como me interpelou, lhe perguntei se era doido, ou vivia no mundo da lula, ou fora do Brasil.

Pois, vivíamos numa forma cavalar de inflação e se Eu não fizesse isto, uma forma de corrigir a perda pela inflação, mais dias menos dias, os valores se iriam deteriorando pela inflação, e o pior que iria ocorrer, era dos recursos não mais fazer face as nossas necessidades. Nunca mais teve o atrevimento de vir a me perguntar nada.

De outra feita, fiz uma questão numa de nossas reuniões porque a MAÇONARIA, ao que Eu sabia a época, pelos grãos-mestrados, ou a nível mesmo de Lojas, ainda não havia criado uma ONG, para com isto fazer os trabalhos para a comunidade profana, quiçá, até as maçônicas. Tendo em vista, recursos do governo que poderíamos fazer retornar a sociedade de formas, acho, bem aplicáveis.

Ouvi, tácita e estarrecido, que isto era impróprio a MAÇONARIA. Como? Impróprio por que? Seria crime... Do quê?

Pois é querido irmão Tibério de Sá Maia. Estamos caducos, adormecidos e intemporalmente, vivendo na idade média. Donde me parece, ficamos desde a Revolução Francesa.

Fernando Guilherme Neves Gueiros. Mestre Maçom.

Paulista, 14.06.2018.

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